“Agora não é só pisotear e jogar bomba, é a morte!”, diz Lemos sobre o descaso do governo Ratinho Jr. com os educadores do Paraná

“Se tivemos o ataque do Álvaro Dias contra os educadores, no 30 de agosto, depois o massacre do Beto Richa, no 29 de abril, agora é pior! Agora não é só pisotear e jogar bomba, é a morte!”, afirmou hoje (29) o deputado Professor Lemos (PT), em discurso na Assembleia Legislativa (Alep), denunciado o descaso do governo Ratinho Jr. com os educadores do Paraná diante da pandemia do coronavírus.

Lemos ressaltou que o Paraná tem, atualmente, o maior índice de contaminação do Brasil, está com a vacinação da população atrasada, e mesmo assim o governo insiste em abrir escolas, medida que está causando a contaminação e levando a morte de muitos educadores.

“Estamos perdendo muitos professores e funcionários, que estão indo para o cemitério, por conta desta política que está sendo feito no Paraná na educação. Hoje, professores, funcionários de escolas e estudantes estão em movimento, denunciando que a retomada das aulas e atividades presenciais nas escolas tem levado à morte muitos professores e muitos funcionários de escolas. O Paraná é o Estado com maior número de mortes de educadores do Brasil!”

Lemos exigiu do governo uma atitude mais firme para enfrentar a pandemia, cuidar da população, e proteger os educadores.

“Precisa proteger o nosso povo. Não podemos aceitar este número alto de contágio e mortes. Tivemos, em vários momentos, gente morrendo por falta de leitos. Não podemos ficar contentes com o ritmo da vacinação no Paraná. Está lenta! É preciso cuidar da população, cuidar para que os profissionais da educação não se contaminem, não contaminem os estudantes. Em defesa da vida! Que o governador repense o que está fazendo, porque está matando professores e funcionários de escolas. Mortes que poderiam ser evitadas”.

O parlamentar também cobrou do governo Ratinho Jr. a implantação de um abono voltado aos professores da rede estadual com o objetivo de custear a compra de equipamentos de informática e contratação de serviços de internet para as aulas online.

“O estado do Espírito Santo fez um abono de R$ 5 mil, em maio, para professores, para comprar equipamentos ou para pagar custos com internet, para trabalharem à distância na pandemia. E pagará 36 parcelas de R$ 70 reais para ajudar os professores para comprar equipamentos e pagar internet. O Espírito Santo é um estado pequeno, com economia menor que o Paraná. O Mato Grosso fez um abono de R$ 6.020. A Paraíba, de R$ 3 mil. São Paulo, R$ 2 mil. O Paraná nenhum centavo! E os professores e funcionários precisam comprar equipamentos, pagar manutenção, pagar internet, e tiveram o que? O salário diminuído com a reforma na previdência e não têm a reposição salarial da inflação. O Estado não paga nem o piso mínimo, estabelecido em lei federal, aos professores. Os professores e funcionários de escolas estão sendo tratados de forma muito desrespeitosa!”.