Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Professor Lemos (PT) destacou hoje (15) os 30 anos de fundação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
“Quero render homenagens a este movimento tão importante, tão necessário. O MAB unificou os vários movimentos e comissões de atingidos por barragens no Brasil, reuniu todas as entidades, lideranças que estavam organizadas de modo regional, e faz um movimento de caráter nacional. Desde a fundação, tem sido muito importante nas lutas de trabalhadores e trabalhadoras atingidos por barragens”, disse Lemos.
O deputado destacou a importância do MAB na defesa de milhares de brasileiros impactados diretamente por construções de usinas hidrelétricas, como em Sobradinho, que expulsou sem indenização 72 mil pessoas, e Itapaica. Ele também lembrou da importância dos atingidos por barragens na fundação do MST na região oeste do Paraná.
“Até hoje temos famílias perambulando, pessoas que ficaram no prejuízo com a construção de Itaipu, como a nação Guarani. Os guaranis estão até hoje acampados, não têm ainda o restabelecimento das suas aldeias. Eu vi nascer no oeste do Paraná o MST, fruto da falta de consideração, de respeito do Estado brasileiro com os atingidos. Boa parte do trabalhadores e trabalhadoras do MST em 1984 vinham justamente dos atingidos por barragens”.
Lemos defendeu ainda a aprovação do projeto de lei 605/2016, que institui a Política de Desenvolvimento de Regiões Afetadas por Empreendimentos Elétricos e a Política Estadual dos Atingidos por Empreendimentos Elétricos no Paraná.
“Em 2016, por sugestão do MAB, apresentamos um projeto que institui a Política de Desenvolvimento de Regiões Afetadas por Empreendimentos Elétricos e a Política Estadual dos Atingidos por Empreendimentos Elétricos no Paraná. É uma proposta muito importante, baseada em experiências já acumuladas de outros Estados. Porque não é só cuidar daqueles que foram diretamente atingidos, mas cuidar também das vítimas indiretas. Este projeto precisa vir a plenário para ser votado e aprovado.”