O deputado Professor Lemos (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa (Alep), denunciou hoje (30) uma fraude do governo do Estado para alcançar a maior nota do País no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Lemos explicou que, no final do ano passado, o governo instituiu o projeto “Se Liga!”, um programa de recuperação escolar que obriga professores e professoras da rede pública a retirar faltas e aprovar alunos sem que os estudantes tenham frequentado a escola durante o ano letivo ou alcançado as notas para serem aprovados.
Segundo Lemos, o programa foi criado com a finalidade de forjar a redução na taxa de reprovação e abandono escolar, de forma que o Paraná possa alcançar o primeiro lugar no próximo ranking do IDEB.
“O aluno que não frequentou nenhuma aula, não fez nenhuma avaliação, pode ser chamado e, numa rapidez muito grande, pode fazer apenas uma avaliação e ser aprovado. Com isso, não é considerado nem reprovado nem evadido, mesmo aquele estudante que nunca compareceu à escola. Isto é muito grave. O IDEB considera dois componentes: avaliação do conhecimento dos alunos em língua portuguesa e matemática e avaliação da taxa de rendimento, que leva em conta a reprovação e o abandono da escola. O governo quer, num passe de mágica, fazer com que este aluno não seja considerado repetente ou abandonado a escola e então mudar a nota no IDEB. Isto é fraudar o IDEB! É muito grave!”, denunciou.
O parlamentar ressaltou que a medida adotada pelo governo não recupera os conteúdos que não foram ministrados aos estudantes durante o ano e que a comunidade escolar se posicionou contra a proposta desde o início.
“O programa, evidentemente, ganhou a resistência entre os pais e professores. Mas é um programa de governo, foi imposto, e as escolas e professores que não quiserem implementar são punidos. É um absurdo, é uma tragédia para a educação do Paraná. Forçar professores e professoras a aprovarem alunos, obrigar a retirar as faltas, o estudante que não compareceu vai ganhar presença, como se tivesse comparecido, e vai ter uma recuperação rápida. E o professor que não fizer a avaliação e não retirar as faltas é perseguido! É inaceitável! Não melhora a qualidade do ensino, não melhora a aprendizagem. É fraude! Não concordamos e estamos denunciando!”.
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