O deputado Professor Lemos (PT) demonstrou preocupação com as terceirizações nos contratos de funcionários e funcionárias de escolas do Paraná. Em discurso nesta terça-feira (13/4) na Assembleia, Lemos enalteceu a importância dos funcionários de escolas para a educação pública do Paraná e defendeu a prorrogação dos contratos de mais de 10 mil trabalhadores até o final de 2021.
“Em 2019 o governador, com a maioria dos deputados, acabou extinguindo o cargo de Agente Educacional 1 e 2, deixando só o cargo de professores nas escolas. E agora veio a contratação, que deve acontecer a partir de 1o de maio, via empresas privadas. Estes mais de 10 mil funcionários que estão trabalhando nas escolas, boa parte não será recontratada. Ficará demitida, por conta dos critérios que estas empresas estão adotando. É um absurdo”.
Lemos destacou que “a função do funcionário de escola é a função de um profissional da educação, e não pode ser uma atividade temporária”. Ele defendeu a renovação dos atuais contratos até o final do ano e a suspensão das terceirizações.
“Educação é permanente. É muito importante que estes funcionários e funcionárias não sejam contratados de forma temporária, porque agora estes contratos serão de apenas 180 dias, em outubro vai ter que fazer um novo contrato. Este rodízio com funcionários contratados por poucos meses e por diferentes empresas, pois a educação foi loteada no Paraná, é lamentável. Está insuportável o trabalho nas escolas. Os professores e funcionários estão perdendo a esperança, perdendo o encanto, o que prejudica a aprendizagem, prejudica os estudantes. É um desserviço à formação integral dos estudantes. O governo precisa suspender isto, manter os contratos dos funcionários até o final do ano”.
O deputado também repudiou outras medidas que são prejudiciais à educação adotadas recentemente pela Secretaria de Educação, como o fechamento de escolas e a redistribuição de aulas, que na prática está aumentando o tempo de trabalho e reduzindo o salário dos professores.
“A Secretaria de Educação está infernizando a vida dos professores e funcionários. E causa o desespero, lamentação, leva as pessoas ao adoecimento, depressão, suicídio. É preciso sair ao socorro dos professores e funcionários de escolas do Paraná”.