Em discurso na Assembleia Legislativa (Alep), o deputado Professor Lemos (PT) manifestou contrariedade com a retomada das aulas presenciais na rede pública de ensino no próximo dia 10, conforme anunciado hoje (4) pelo governador Ratinho Jr. O Parlamentar destacou que a volta às aulas presenciais neste momento de evolução da pandemia do coronavírus “preocupa muito”, e a retomada das atividades não pode acontecer sem que professores e profissionais da educação tenham sido vacinados.
“A retomada das aulas no dia 10 de maio preocupa muito. Os profissionais da educação do Paraná ainda não estão imunizados. O governador havia anunciado há alguns dias que só retomaria aula presencial no Paraná com os professores e funcionários de escolas vacinados. O risco é grande. Nos lugares que retomaram aulas presenciais com a pandemia em alta, só fez crescer o numero de contagiados e óbitos. O exemplo mais duro é o Amazonas. Manaus virou notícia internacional, faltou até oxigénio, faltaram leitos, faltou UTI”.
O deputado ressaltou que a pandemia não está sob controle e que a retomada das aulas presenciais neste momento coloca em risco a vida de professores, funcionários de escolas, estudantes e seu familiares.
“Não podemos cometer o mesmo erro que o governador do Amazonas cometeu, convocando aulas presenciais, sob protestos dos professores, e foi um massacre. Nós tivemos muitas mortes que não deveriam ter acontecido por conta da irresponsabilidade e do ato criminoso daquele governador. A pandemia não está sob controle. É importante que a gente continue cuidado. Os professores e funcionários de escolas estão pedindo ao governador e secretário de Educação que não convoquem aulas presenciais para a próxima semana, porque corremos o risco de ter muitas vítimas, e não precisamos de mais vitimas da Covid no Paraná”.
Líder da oposição na Alep, Lemos destacou ainda um estudo encomendado pela APP-Sindicato que indica que os números da Covid no Paraná ainda preocupam.
“No Paraná, um estudo encomendado pela APP-Sindicato, feito em 11 cidades, mostrou que o Estado precisa tomar mais cuidados para reduzir a taxa de transmissão e zerar o número de infectados e de óbitos. O estudo propôs que o Paraná precisa fazer um lockdown de 21 dias, o que zeraria a transmissão do coronavírus”.
