12/05/2025
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Volta às aulas só pode ocorrer depois da vacina, defende Lemos

Por iniciativa do deputado Professor Lemos (PT), a Assembleia Legislativa (Alep) vai realizar na próxima quarta-feira (10), às 14 horas, uma audiência pública para debater o projeto de lei 4/2021, do Poder Executivo, que inclui a educação no rol de atividades essenciais. Na prática, o PL permite a retomada das aulas presenciais no Paraná no dia 18 de fevereiro, em plena evolução da pandemia do coronavírus e sem que a população tenha sido vacinada.

“Estamos organizando uma audiência pública e convidamos toda a população para participar deste debate com especialistas, profissionais, e com as experiências de outros locais, como de Manaus. O retorno às aulas presenciais no Amazonas foi terrível. Por isso a indignação dos professores e funcionários de escola, dos estudantes, dos pais, contra este projeto, que não é de interesse público. Ao contrário, pode fazer com que muitos paranaenses sejam acometidos pelo coronavírus”, alertou.

Líder da oposição, Lemos lembrou do caso do Amazonas, primeiro Estado a retomar as aulas presenciais, ainda em agosto de 2020. Três semanas após a volta às aulas, contudo, um terço dos professores estavam contaminados pelo coronavírus.

“É um projeto complexo, que preocupa muito a comunidade escolar. No Amazonas, que foi o primeiro Estado que retomou as aulas presenciais, três semanas depois um terço dos professores estavam contaminados com o coronavírus. Ao convocar e obrigar aula presencial, nós vamos ter mais ou menos 2,5 milhões de pessoas circulando, fazendo com que o vírus circule com agilidade, podendo contagiar muitas pessoas e causar o colapso do sistema de saúde”.

O parlamentar destacou que o momento é de proteger vidas e que a retomada das aulas presenciais só pode ocorrer após a vacinação da população.

“O projeto vai além da rede estadual. Inclui a rede privada, universidades, e redes municipais, inclusive retirando dos prefeitos autonomia de decidir se vai ter aula presencial ou não no município. Não concordamos com isso. É momento de proteger vidas, e nós queremos que o governo trabalhe com agilidade para que tenhamos a vacinação o quanto antes para nossa população para, depois de todos vacinados, aí sim podemos retomar as aulas presenciais. Que nenhuma profissional da educação, nenhuma criança, nenhum estudante e familiar, corra risco por conta do coronavírus.”

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