21/10/2025
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Como o governo quer o início das aulas se não temos vacina e não temos condições sanitárias?, questiona Lemos

O deputado Professor Lemos (PT) disse nesta segunda-feira (22), na Assembleia Legislativa, que a suspensão ontem do concurso da Polícia Civil, faltando poucas horas para a realização da prova, foi “inadmissível” e um “desrespeito muito grande” com os candidatos e candidatas. Em seu discurso, Lemos destacou que um dos motivos da comissão organizadora para a suspensão do concurso foi a falta de condições sanitárias ideais nas escolas estaduais, local da maioria das provas, e questionou o governo do Estado sobre a volta às aulas na rede pública de ensino: “Como o governo marca o início das aulas se não temos vacina e não temos condições sanitárias?”.

Sobre a suspensão do exame, o parlamentar afirmou que o caso “não pode ficar impune”. “Um absurdo. Uma irresponsabilidade muito grande com milhares de candidatos e candidatas que estavam prontos para fazer a prova e às 5h40 da manhã são comunicados que não tem mais concurso, não tem mais prova. Isto não pode ficar impune. Gerou um prejuízo muito grande para candidatos e candidatas. É inadmissível”.

O deputado criticou o governo do Estado, que mesmo sabendo que não existem condições sanitárias para garantir a segurança dos estudantes, professores, profissionais da educação e seus familiares, está determinando a volta às aulas presenciais na rede pública.

“Qual a motivação do Núcleo de Concursos para sustar as provas do concurso da Polícia Civil? É que os locais de prova não tinham condições sanitárias para os candidatos fazerem as provas com segurança. E quais são os locais de prova? A maioria, escolas públicas do Estado. Se as escolas não têm condições sanitárias de ter uma prova de quatro horas para 106 mil candidatos, imagina receber todos os dias mais de 1 milhão de estudantes e 100 mil servidores nas escolas, apenas da rede estadual?”, questionou.

Colocado em votação na tarde de hoje em terceira discussão na Assembleia, o PL 4/2021, que permite a retomada das aulas presenciais no Paraná mesmo com o avanço da pandemia do coronavírus, recebeu 44 votos favoráveis e 6 contrários. A oposição votou contra.

“Nós estamos observando que o governo quer legalizar este absurdo, forçar que as aulas aconteçam de modo presencial, num momento em que não estamos vencendo a guerra contra a Covid-19. Não temos vacina, o sistema de saúde está sobrecarregado, foi suspenso um concurso porque verificaram que não tinha condições sanitárias nas escolas, e o governo vai colocar em risco os estudantes, profissionais da educação e seus familiares”, disse Lemos, encaminhando voto contra a proposta.

O deputado ainda alertou que o contrato de mais de 11 mil funcionários de escolas está previsto para terminar no próximo dia 28 e o governo ainda não informou se serão renovados.

“No dia 28 está previsto o término do contrato de 11 mil funcionários Agentes 1 e 2. E ninguém sabe até hoje se estes funcionários serão recontratados. Como o governo marca o início das aulas para 1o de março sem 11 mil funcionários? É inadmissível. Como marca o inicio das aulas se não temos vacina e não temos condições sanitárias? Se os leitos estão todos ocupados, se tem gente na fila e não consegue vaga. Isto é levar a comunidade escolar para o matadouro. Não podemos concordar com isto!”.

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