“A luta dos servidores é uma luta santa, que precisa do apoio dos deputados e da população”, afirmou hoje (27) o deputado Professor Lemos (PT) ao destacar o protesto realizado por servidores públicos do Estado, de diversas categorias, em Foz do Iguaçu, pelo pagamento da reposição das perdas salariais provocadas pela inflação. O movimento, intitulado Dia do Basta!, cobrou o pagamento da data-base na Ponte da Amizade, bloqueando as duas faixas de acesso por cerca de 40 minutos. Participaram do ato educadores, profissionais da saúde, policiais civis, penais e militares, técnicos de instituições de ensino superior e trabalhadores do meio ambiente.
Em discurso na Assembleia Legislativa (Alep), Lemos ressaltou que o salário do funcionalismo está congelado desde 2016 e que a defasagem por conta do calote na recomposição da inflação é superior a 25%.
“Vamos chegar em janeiro de 2022 com seis anos sem a recomposição da inflação. O Estado empobreceu o trabalhador e suas famílias, tirando o poder de compra. Por isso os servidores estão em movimento. O governo não deixa de reajustar a energia elétrica, que subiu 49% desde 2016. A água subiu 47%. A cesta básica, que era R$ 391, subiu para R$ 608, um aumento de 55%. Também aumentou o combustível. A gasolina era R$ 3,24 e agora está R$ 5,76, 77% de aumento. Tudo aumentou! A luta dos servidores é uma luta santa, que precisa do apoio dos deputados e da população”.
O parlamentar lembrou que o governo aumentou a renúncia fiscal de grandes empresas para R$ 17 bilhões no próximo ano, mas ao mesmo tempo não paga o que deve aos servidores públicos.
“Na LDO deste ano foi aprovada uma renúncia fiscal desde ano de R$ 12 bilhões. No ano que vem, a renúncia fiscal vai ser de R$ 17 bilhões, R$ 5 bilhões a mais do que em 2021. Se o governo está dizendo que não pode pagar o que deve aos trabalhadores, mas ao mesmo tempo deixa de cobrar impostos dos ricos, algo está errado. Entendemos que o governo terá, inclusive, uma sobra de caixa de mais de R$ 5 bilhões no final deste ano e, portanto, precisa pagar o que deve aos funcionários públicos. O grande empresário não fica sem receber do estado. Agora, o trabalhador, o Estado deve para ele e não quer pagar. O governador Ratinho Jr. propôs, como candidato, a valorização dos servidores públicos, mas não está valorizando! O governo precisa receber, conversar com os servidores, e mandar para a Assembleia um projeto para repor a inflação dos salários dos servidores”.