18/04/2025
Home SERVIDORES PÚBLICOS Força-tarefa vai defender reivindicações dos servidores da segurança pública

Força-tarefa vai defender reivindicações dos servidores da segurança pública

Uma força-tarefa, que será formada por deputados e lideranças de entidades representativas de policiais civis, militares, bombeiros e policiais penais, vai defender junto ao governo do Estado e na Assembleia Legislativa (Alep) as reivindicações dos servidores da segurança pública do Paraná. A proposta é resultado de uma audiência pública remota realizada nesta quinta-feira (25) com o tema “Os desafios e as demandas do Estado e dos servidores da Segurança Pública do Paraná”.

Com coordenação do deputado Professor Lemos (PT), a audiência pública contou com a participação de parlamentares e lideranças de entidades representativas de servidores da Polícia Civil, Polícia Militar, bombeiros e policiais penais.

“Precisamos nos unir, nos somar, para fazer com que as demandas dos servidores da segurança pública cheguem, sejam discutidas, e possam ser de fato acolhidas e aprovadas na Assembleia Legislativa, que a gente possa ter sucesso. Precisamos tratar da data-base; aumentar o efetivo; melhorar a lei que implementou o subsídio da polícia; defender a isenção da cobrança previdenciária a todos os aposentados e militares pensionistas portadores de moléstia grave”, afirmou Lemos, ressaltando a importância de unificar as ações entre parlamentares e entidades da segurança pública. A primeira reunião da força-tarefa será realizada de forma remota no dia 5 de abril a partir das 10 horas.

Além da reposição salarial e melhores condições de trabalho, entre as reivindicações dos profissionais das forças de segurança estão demandas relacionadas à pandemia, conforme relatou Daniel Prestes Fagundes, da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Paraná).

“Hoje estamos sofrendo mais ainda com a pandemia. Em um momento de pandemia, muitos setores da sociedade se recolheram em casa, mas os profissionais da segurança pública estão nas ruas. Nossas polícias não pararam. É natural que o trabalho policial envolva riscos, mas na época pandêmica este risco aumentou. E qual a contrapartida que o Estado deu? Nenhuma. Não temos equipamentos de proteção, não temos vacina. Temos na Polícia Civil quase 300 contaminados e já contabilizamos 6 mortes de policiais da ativa. Temos mais policiais morrendo pela pandemia do que da criminalidade. As delegacias não respeitam nenhuma regra de insalubridade e as escalas são exaustivas”.

Além da Adepol, participaram do encontro representantes do Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná), Sinpoapar (Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná), Sidepol (Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná), AMAI (Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas, AVM (Associação da Vila Militar), Assofepar (Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Paraná), APML (Associação dos Policiais Militares do Litoral), SBSS (Sociedade Beneficente Subtenentes e Sargentos) e Sindarspen (Sindicato dos Policiais Penais do Paraná).

O deputado Requião Filho (MDB) cobrou respeito do Poder Executivo com os policiais do Paraná. Segundo o parlamentar, respeito significa “dar condições dignas e seguras de trabalho para profissionais que, antes de mais nada, colocam suas vidas em risco para colocar a sociedade em segurança”.

“A polícia merece equipamentos em dia, treinamentos em dia, a delegacia tem que ser digna. Os quartéis, batalhões, devem ter condições dignas para receber a tropa. Temos um governo que faz muita propaganda, mas é muita espuma para pouco chop. Tem que entender a realidade dos profissionais da segurança pública. Vamos cobrar firmemente as demandas dos policiais, queremos que as forças de segurança fiquem cada dia mais fortes, enquanto instituições de pessoas que colocam a própria vida em risco para defender a sociedade. Os servidores da segurança não demandam nada mais do que seus direitos. Merecem nosso respeito. É preciso reconhecer o valor dos policiais civis, militares, bombeiros, policiais penais, na forma de melhores salários, de data-base em dia, de melhores condições de trabalho e de respeito”.

A deputada Luciana Rafagnin (PT) disse que o governador Ratinho Jr. precisa reconhecer a importância dos servidores da segurança pública para a sociedade.

“Sabemos que a polícia do Paraná está sem nenhum reconhecimento, sem receber reajuste salarial, promoções e progressões. Muitos profissionais já tinham direitos adquiridos antes da pandemia e agora o governo usa pandemia para não honrar estes direitos. É preciso ter este reconhecimento, pensar na questão salarial, mas também pensar na estrutura, nas condições de trabalho dos servidores da segurança pública. Estamos juntos nestas demandas”, garantiu.

O deputado Arilson Chiorato (PT), por sua vez, garantiu o compromisso de trabalhar para defender as reivindicações dos profissionais. “Os policiais, os profissionais da segurança pública, estão na linha de frente das polícias públicas de segurança. É preciso valorização. Temos um compromisso de trabalhar fortemente, lugar, defender, cobrar os direitos dos servidores públicos. Vamos lutar pelo direito de todos, da educação, segurança, segurança, e sempre cobrar a valorização dos serviço publico”.

Também participaram da audiência os deputados Soldado Fruet (PROS), Delegado Recalcatti (PSD) e Delegado Jacovós (PL).

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentário
Nome

- Advertisment -

Most Popular

Oposição entra com ADI contra lei que proíbe passaporte da vacina no Paraná

Os deputados de oposição na Assembleia Legislativa (Alep) apresentaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)...

O que é o Teto de Gastos e como ele afeta o Brasil

Entenda o que é o Teto de Gastos e como ele prejudica a saúde, a educação e a geração de empregos, entre...

Aprovado projeto que cria o Selo Estadual Empresa Pela Mulher

Estimular boas práticas empresariais para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como fomentar liderança corporativa de...

Terceirizações e privatizações no Ensino Médio preocupam educadores

Por Thiago Alonso/Alep “Não está tendo professor no curso. Não fomos informados que teríamos aula remota. Agora, a aula passa...

Recent Comments